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sexta-feira, 5 de novembro de 2004

A comovente realidade

Dá para ter saudades da juventude...
Para a malta ler com atenção porque é a mais pura verdade!!!
Mas a culpa é nossa, papás e mamãs de hoje...
Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste conclusão. A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. "Quem?", perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo. A própria música: "Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.
Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce.
O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.
Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo "Moleculum infanticus", que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de "terno") nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.
Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"... Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o tóto de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.
Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele.

9 Atoardas:

Blogger mfc disse...

É... pois!

06 novembro, 2004  
Blogger [_David_] disse...

Já a algum tempo que nao vinha aki!!

Abraço

07 novembro, 2004  
Blogger Oma Eddie disse...

Espanta-me o "radicalismo" do texto! Quase tudo é um exagero!
Eu tenho 17 anos. Vivo numa geração em que as meninas já não têm que ficar em casa a lavar a loiça, enquanto o irmão mais novo vai jogar à bola com os amigos no meio da rua onde não passam carros. Também porque não tenho um irmão mais novo, nem vivo numa rua onde não passam carros...
Adiante. De facto, nunca cheguei a ver o Tom Sawyer, as cheguei a ver o Dartacão, que sempre foi, aliás, o meu grande herói. De resto, não é obrigatório que todas as gerações vejam as mesmas séries, ou então o mundo também não andava para a frente! Eu vi os Pequenos Póneis, que marcou o meu tempo de pré-primária. Depois vi as Marés Vivas, vi o MacGyver, vi o Kit e o Esquadrão Classe A. Também vi as Navegantes da Lua e, claro, o Dragonball (embora este último não faça parte da minha lista de preferências). E é destas séries que eu me quero lembrar quando chegar aos 30. Destas séries e, claro, dos filmes da Walt Disney, que, para mim, são eternos.
Já subi a muitas árvores e já dei muitas quedas. Levei pontos uma vez quando uma tampa de saneamento quadrada me deu cabo da virilha. Andei muitas vezes de bicicleta na rua, com o meu pai, com a minha irmã, ou mesmo sozinha. Quase fui atropelada por um comboio ao atravessar uma linha. Até já fui mordida por um caranguejo! E nem um penso rápido precisei de colocar. Nunca roubei, mas roubar também não é nada ético, digo eu!
A minha geração continua a ter rapazes bonitos que não usam óculos nem aparelho e que ainda nos fazem ficar histéricas. Tem também o totó, a quem nós agora chamamos cromo ou toninho, que nunca deu um beijo na boca a uma rapariga, ou que só deu um beijo na boca de uma rapariga com menos 5 anos que ele. Continua a haver miúdas grávidas a entrar pela porta da sala de aula.
Concordo que agora somos mais protegidos pelos pais, mas a sociedade também apela um pouco a que isso aconteça. Andar de bicicleta na rua já não é como antigamente. Há loucos de carro na estrada, não há estradas de terra batida por onde não passem carros. A taxa de criminalidade aumenta progressivamente.
A minha geração também se vê "à rasca", mas vai-se safando..!

07 novembro, 2004  
Blogger almadepoeta disse...

Lembranças.....é bom recordar sempre os melhores momentos da nossa juventude.
A minha juventude não tinha ainda televisão , só depois do 25 de Abril ela chegou aos Açores.
Outros tempos, outras lembranças. Obrigada pela visita. Levo o teu link para voltar....fica um beijo

13 janeiro, 2005  
Blogger Joana disse...

Gostei muito do teu texto...muito mesmo. Deu saudades de algumas coisas. Ainda me lembro de ficar a fazer tempo para poder ver os desenhos animados na tv2 porque a emissão só começava bem tarde...e o Vasco Granja..esse avôzinho delicioso que tanto admirava a animação da Europa de Leste e que proferia discursos incompreensíveis...mas que ficou no nosso coração para sempre. E partilho de algumas preocupações. O não subir às àrvores e não haver tanto espaço para certas "quedas" é uma realidade. Sobretudo porque esta geração de pais é uma geração muito ansiosa: querem dar tudo, preencher tudo, garantir que os filhos serão os melhores..porque tem noção da competição desmesurada que entretanto se instalou.
Mas acho que acima de tudo há que ter esperança em todas as gerações...sempre. As solicitações deles agora são outras- não viverão o mesmo que nós, viverão outras coisas. E em todas as fornadas (seja a dos avós, pais , filhos) haverá sempre exemplares maravilhosos de vida. Eu tenho conhecido muitos entre aqueles que são agora adolescentes.

Gostei muito deste post. Obrigada
Joana

15 janeiro, 2005  
Blogger MarrokinianPig disse...

Carrinhos de rolamentos, jogar ao "Guélas" ou ao "bilas", ao pião, yo-yo, ao futebol de rua "balizas de um passo com 3 pra 3 e a bola sái nossa", ás camarinhas,ás fisgas,á escondida,á batatinha frita, ao futebol sem bola, ao ferrinho, andar á penda nos kimbóios e nos electricos, tocar ás campainhas, meter batatas no tubo de escape do carro do vizinho carêta lá da rua,fazer kms e kms de bike (em cavalinho),gamar as namoradas aos putos da rua de cima e por conseguinte andar á pêra com eles,ser catádo naqueles bairros manhósos, até mesmo andar aos ganbuzinos, heheehehehehe...
Tenho saudades destes tempos, que em mim são completamente inesqueciveis!!!
Gostava de ver os putos de hoje a "rénar" desta maneira e não a vê-los e ouvi-los constantemente a falar de gigas e "kápas" e bytes...
Mas uma coisa tb é certa, os tempos mudam e provavelmente aos putos de hoje isso já não dá pica.
Ossos da evolução...

28 janeiro, 2005  
Blogger menina disse...

ehehhehehheheh... vim parar a este pelo teu link - caro padrinho - primeiro era só pa te dizer que achei piada a dizeres que eras perfeito: desculpa, mas tenho de me rir... ah!ah!ah!ah! nenhum homem é perfeito!! isso não existe! bem... se existisse eu já o tinha descoberto.E eu ainda não te descobri... ;-) sim... fico à espera da resposta à provocação, claro que sim! Homem perfeito...ahahahahah! beeeijo

02 março, 2005  
Blogger menina disse...

ah, é verdade... mas depois adorei este post. sim, eu tb fui das que subi a árvores (tantas!!!!) e roubei coisas nos supermercados (e não, não foi porque precisava, era mesmo por piada) e tenho a música do genérico do Verão azul por isso sei assobiá-la (ah, pois, é verdade, uma menina não deve assobiar, é feio) e fiz tudo e mais alguma coisa que fosse proibido... mas tb é verdade que hj os putos têm outras prioridades. E ainda bem! Desde que saibam aproveitar as coisas boas da vida como nós fizemos. O problema é que me parece que eles não sabem aproveitar nada, só pensam em ter 18 e 19s... e isso sim é que é preocupante. beijo! gostei muito... ehehhe , mas hm perfeito... tens de provar ;-)

02 março, 2005  
Anonymous Anónimo disse...

Sabes, não sei se me consideras nessa juventude, afinal sinto-me nela..apesar de ter 21, mas o certo é que cresci com o tom shoyer posso é nao saber escrever o nome :P Com o barco do amor, com o dartacão..Pena não saber qual é o verão azul..Talvez devesse morrer..mas ninguem me mostrou o que era...Mas tal como tu, levei porrada de usar sapatos novos a jogar a bola,de bater num carro numa corrida de bicicletas, ou ate mesmo me feri sem correr para a mama numa dessas aventuras por ai... Talvéz não sejamos iguais a vocês, mas existem as nossas series, as nossas brincadeiras, que também nós não entendemos como vocês não conhecem...Talvez, não digo que não, sejamos mas protegidos do que vocês, mas isso não nos torna pior ou melhor, apenas diferentes :) Apanhei o meio das duas eras, talvez seja isso..Mas gosto das duas :) Cresci ao som de beatles e breackfast in America, mas também brinquei a saller moon...Enfim... Um beijo doce
MissLadyMystery -> Http://MundoDosSonhos.blogs.sapo.pt

24 março, 2005  

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