<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8890843\x26blogName\x3dAtordoadas\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://atordoadas.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://atordoadas.blogspot.com/\x26vt\x3d-1848096836971050536', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quinta-feira, 2 de março de 2006

Modernidades Linguísticas...

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar "afro-americanos" aos pretos, com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico".
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os contínuos. Passaram todos a "auxiliares da acção educativa".
Os vendedores de medicamentos, inchados de prosápia, tratam-se de "delegados de informação médica". E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
Os drogados transformaram-se em "toxicodependentes" (como se os consumos de cerveja e de cocaína se equivalessem!).
O aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez".
Os gangues étnicos são "grupos de jovens".
Os operários fizeram-se de repente "colaboradores".
As fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu, cedendo o passo à "iliteracia" galopante.
Desapareceram dos comboios as classes 1.ª e 2.ª, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...», e agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia para: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e terroristas, diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo". Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação", os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas. Tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável".
Ainda há cegos, infelizmente, mas como se a palavra fosse considerada desagradável, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos, mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...).
Para compor o ramalhete, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a correcção política e o novo-riquismo linguístico.
À margem da revolução semântica ficaram as Putas.
As desgraçadas são ainda agora quem melhor cultiva a língua. Da porta do quarto para dentro, não há "politicamente correcto" que lhes dobre o modo de expressão ou lhes imponha a terminologia nova. Os amantes do idioma pátrio, se o quiserem ouvir em pleno, que se dirijam ao bordel mais próximo.
Aí sim, um pénis de 25 centímetros é um "caralho enorme" e nunca um "órgão sexual masculino sobredimensionado". Assim como dos impotentes, coitados, dizem elas castiçamente que "não levantam o pau", e não que sofrem de "disfunção eréctil".
E fico-me por aqui...

10 Atoardas:

Blogger Talk Talk disse...

Numa profissão com tradição, que se fale de forma tradicional....
Um abraço.

02 março, 2006  
Blogger Ana disse...

De uma forma ou de outra o "verniz" acaba sempre por estalar!!!

02 março, 2006  
Blogger Miguel disse...

Modernices Americanas ...

Mas nós em Portugal, não temos esses rotulos finos!

Um BOM FDS!

Bjks da Matilde

04 março, 2006  
Blogger Titá disse...

Que caiam as máscaras e venha a verdade.
Gostei da pertinencia deste post.
bjs

04 março, 2006  
Blogger marco disse...

coisas que se fazem...

05 março, 2006  
Anonymous Anónimo disse...

Como se fossem muito importantes as palavras utilizadas.
Gostei mesmo deste post :)

05 março, 2006  
Blogger augustoM disse...

Um vendedor de castanhas passa a ser um empresário de quentes e boas.
Um Chulo passa a ser o manager do sexo mercantil.
Um abraço. Augusto

05 março, 2006  
Blogger aDesenhar disse...

tens razão.

mas estas modernices linguísticas não ficam por aqui!
com o tempo vais ter oportunidade de fazer mais posts com elementos novos, porque a hipócrisia abunda por aí...
:)

06 março, 2006  
Blogger marco disse...

ora boa noite, meu caro

07 março, 2006  
Blogger pisconight disse...

Bom post!!!
Adoro o significado das palavras!!
;)

14 março, 2006  

Enviar um comentário

<< Inicio