A evolução dos tempos...

Uma tarde o neto conversava com o avô, e de repente perguntou-lhe:
- Quantos anos tens, avô?
E o avô respondeu-lhe:
- Bem... deixa-me pensar...

Nasci antes da televisão, da comida congelada, das fotocopiadoras, das lentes de contacto, e da pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser, nem patins em linha. Ainda não tinham inventado o ar condicionado, os secadores, as máquinas de lavar louça e roupa... simplesmente tudo secava ao vento.
O Homem ainda não tinha chegado à Lua, e "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, e não um homossexual. Das lésbicas nem ouvíamos falar, e os rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, não havia telefones sem fios, e muito menos telemóveis. Nunca tínhamos ouvido falar em música estéreo, em rádios FM, em cassetes, em Cd's, em DVD's, em máquinas de escrever eléctricas, em máquinas de calcular, quanto mais portáteis. Aos relógios tínhamos que dar corda todos os dias. Não existia nada digital.
Não existiam microondas, nem rádios-relógios-despertadores. Isto para já não falar nas cassetes de vídeo, ou nas máquinas de filmar.
As fotografias não eram instantâneas nem coloridas. Só havia a preto e branco, e as revelações demoravam três dias. Fotografias a cores não existiam, e quando apareceram a sua revelação era muito cara e demorada.
Quando líamos em algum produto "Made in Japan" não se considerava de má qualidade, e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Acreditávamos que "comida rápida" era o que nós comíamos quando estávamos com pressa. Não se ouvia falar em "Pizza Hut", nem em "McDonald's".
Havia lojas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos. Os gelados, os bilhetes de autocarro, e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava, e não que se fumasse.
"Hardware" era uma ferramenta, e "Software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma mulher precisava de um homem para ter um filho.

- Agora diz-me quantos anos achas que tenho?
- Hiii... avô... deves ter mais de 200!!! - disse o neto.
- Não, meu querido, só tenho 58!!!